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Entrevista com Therezinha Arantes de Aguiar e Andrea Aguiar, autoras do livro Um Nome para meu cãozinho

Alfa Omega: Surgiu de repente a idéia de escrever? E por que para as crianças?

Therezinha Arantes de Aguiar: Não, a idéia de escrever me acompanha há algum tempo decorrente do ensinar a ler. Cremos que paralelamente à alfabetização devemos levar a criança a descobrir o verdadeiro prazer da leitura envolvendo-se emocionalmente com as aventuras e personagens que poderá encontrar nos textos lidos.

Alfa Omega: Em que ordem sua vivência como mãe, avó e educadora fornecem elementos para a criação literária?

Therezinha Arantes de Aguiar: As experiências de quem foi criança na época anterior à televisão é fator preponderante para valorização da literatura infantil. O livro era realmente o caminho direto para o mundo do “faz-de-conta”. Contar histórias é também parte imprescindível à vivência de toda mãe, avó e professora.

Alfa Omega: Qual a sua opinião sobre as histórias infantis editadas atualmente?

Therezinha Arantes de Aguiar: Quem teve os personagens de Monteiro Lobato como “amigos” de infância é sempre um leitor exigente. Mas, temos atualmente excelentes autores. O lirismo de um “O Joelho Juvenal” de Ziraldo, um “Romeu e Julieta” de Ruth Rocha, além de Tatiana Belinky etc., etc. redimem muitas publicações menos brilhantes.

Alfa Omega: As ilustrações são feitas a partir do texto ou o texto é feito a partir das ilustrações?

Andréa Aguiar: Como é esse processo de criação? As ilustrações foram feitas a partir do texto. O processo de criação requer muita paciência, cor, criatividade e bom humor. É um tal de “faz e refaz” até que se consiga chegar a um resultado satisfatório. Eu resolvi fazer as ilustrações por etapas primeiro os desenhos à lápis, segundo o contorno as ilustrações e finalmente a pintura. Procurei usar traços bem infantis para poder me aproximar melhor do universo multicolorido do futuro leitor de nosso livro.

Alfa Omega: O mundo alegre e colorido de suas ilustrações domina o seu dia-a-dia?

Andréa Aguiar: Sim. Esse mundo colorido eu tento transferir tanto para a área pessoal, como mãe e dona-de-casa, quanto na área profissional. Como professora de educação infantil, um dos requisitos primordiais em sala de aula é a presença de uma atmosfera estimulante. É gratificante ver um aluno pintando, criando, desenhando, escrevendo e principalmente vibrando com aquilo que faz. Aquela coisa do cinza, cinza, cinza está ai à nossa volta. Que bom seria se pudéssemos colocar cor, amor e humor em tudo à nossa volta!!

Alfa Omega: Como você veria um sistema educacional que desaconselhasse a utilização do desenho em sala de aula?

Andréa Aguiar: A meu ver, esse sistema desestimulante jamais poderia ser considerado “educacional”. O desenho é uma das formas de expressão mais antiga no mundo e se não existisse desenho em sala de aula seria o mesmo que proibir que o menininho desse risada da “ROUPA NOVA DO REI” ou o mesmo que aceitar as leis absurdas do “REIZINHO MANDÃO” ou deixar que alguém impusesse “UM NOME PARA MEU CAOZINHO”…


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Far far away, behind the word mountains, far from the countries Vokalia and Consonantia there live the blind texts.