Desde 1973 publicando o pensamento crítico brasileiro

Editora Alfa Omega

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Arquivo Alfa Omega #1- O início

Em comemoração aos 50 anos da Editora Alfa Omega, publicaremos alguns documentos que retratam a trajetória da empresa ao longo deste meio século percorrido.

Começamos com esta matéria sobre a criação da Editora Alfa Omega, de autoria do poeta, escritor e jornalista Álvaro de Faria, editor do suplemento Jornal de Domingo do Diário de São Paulo em 1973, ano em que a Editora inicia suas atividades.

Editora Alfa Omega 50 anos (1973-2023)

A Editora Alfa Omega em 2023 completa 50 anos publicando o pensamento crítico brasileiro, além de obras icônicas de consagrados autores internacionais.

Ao longo do ano serão divulgados aqui no site alguns documentos que retratam a trajetória da Editora Alfa Omega durante este meio século percorrido, além de novidades.

Para iniciar as comemorações, a Editora Alfa Omega oferece aos seus leitores e leitoras um cupom inédito com 60% de desconto em todos os livros de seu catálogo: #ALFAOMEGA50ANOS

Alfa Omega indica: Coleções Completas com 50% em Dezembro

Para finalizar o ano de 2022, a Editora Alfa Omega oferece 50% de desconto em suas coleções:

-Obras Escolhidas de Marx e Engels (3 volumes)

-Obras Escolhidas de Lenine (3 volumes)

-Obras Escolhidas de Mao Tse Tung (5 volumes)

-História Sincera da República, de Leôncio Basbaum (4 volumes)

O desconto já está aplicado nos anúncios das coleções, e é válido apenas para a compra da coleção completa.

Alfa Omega indica: 24ª Festa do Livro da USP 2022

A Editora Alfa Omega se soma àquelas que apoiam a Festa do Livro da USP, que acontece de hoje ao próximo dia 12 de novembro em formato presencial e virtual.

Presente desde a primeira edição, acreditamos neste canal direto com o público leitor e universitário.

Com o cupom de desconto #AONAFESTADOLIVRO2022 os livros do catálogo da Editora terão 50% de desconto. Basta inseri-lo no campo “cupom” no seu carrinho de compras do site e o desconto será aplicado imediatamente no valor total de produtos.

É mais um estímulo à leitura e à reflexão, fundamentais para o pensamento crítico.

Homenagem à Editora Alfa Omega

É com grande entusiasmo que compartilhamos com todos o texto que recebemos do historiador Gustavo Orsolon de Souza sobre a Editora Alfa Omega, que em breve completará 50 anos.

Tornamos aqui público nosso agradecimento ao autor por suas palavras e reconhecimento.

Editora Alfa Omega: 50 anos

 

 

Gustavo Orsolon de Souza

Historiador

 

 

Prestes a completar Bodas de Ouro, a editora Alfa-Omega continua firme na sua bela missão de divulgar o pensamento crítico e científico em seus catálogos. Uma data tão especial não poderia passar em branco. Pensando na celebração dos seus cinquenta anos, tomei a liberdade de escrever algumas breves palavras sobre a sua trajetória.

 

A editora foi criada oficialmente em janeiro de 1973, por Fernando Celso de Castro Mangarielo e Claudete Machado Mangarielo, um casal bem jovem para os padrões empresariais da época. Fernando, com 26 anos de idade, trabalhava em uma renomada editora de São Paulo; e Claudete, com 24 anos, era funcionária de um banco, também na capital paulista. Os dois se conheceram em 1971 e, dois anos depois, fundaram a editora.

 

No pequeno apartamento onde moravam, no centro da cidade, foi lançado o primeiro livro: A Ideia Republicana no Brasil, Através dos Documentos, do professor Reynaldo Xavier Carneiro Pessoa. O livro foi muito bem aceito no meio acadêmico e até mesmo adotado como referência no curso de História da Universidade de São Paulo (USP).

 

Após o livro de estreia, os jovens editores ganharam segurança e lançaram no mercado novos títulos, grande parte deles voltada para o público universitário. No primeiro ano, pelo menos nove títulos foram publicados. Dois anos depois, em 1976, trinta títulos já compunham o catálogo da editora, todos com temáticas brasileiras.

 

No alvorecer década de 1980, a Alfa-Omega já era uma editora reconhecida dentro de mercado de livros no Brasil. No ano de 1984, onze anos após a sua inauguração, apresentava um catálogo robusto, com mais de cento em quarenta títulos, divididos em seções, como “Marxismo”, “Filosofia”, “História”, “Reportagem” e “Sociologia”.

 

Nessas seções, livros que marcaram uma época. Um deles é A Ilha: um repórter brasileiro no país de Fidel Castro, de Fernando Morais, publicado em 1976. Este livro tornou-se um best-seller, tendo vinte nove edições publicadas pela Alfa-Omega. Outro livro de sucesso em seu catálogo é o Em Câmera Lenta, de Renato Tapajós, publicado em 1977. A obra de Tapajós virou alvo da censura, sendo até mesmo proibida de circular. O livro ganhou uma reedição em 1979, tendo também uma boa repercussão em meio à crítica da época.

 

Poderia citar aqui tantos outros títulos inseridos neste valioso catálogo de 1984, mas como apontei no início dessa conversa, a intenção é deixar apenas algumas breves palavras.  Sendo assim, o que gostaria ainda de mencionar é a marca editorial da Alfa-Omega. Fernando e Claudete sempre estiveram preocupados em valorizar o autor nacional, muitos até desconhecidos do grande público. A sensibilidade dos editores estava em buscar autores que analisassem questões políticas e sociais do Brasil. Em outras palavras, o que os editores desejavam, era que suas publicações pudessem contribuir, de alguma forma, com os debates e as reflexões que pulsavam naquele momento.

 

O interessante é que essa marca não se apagou ao longo da trajetória da editora. Ainda hoje, o lema estampado nas contracapas de grande parte de suas produções, “Autor Nacional/Cultura Brasileira”, reforça essa preocupação dos editores em valorizar o autor nacional e as questões que envolvem a sociedade brasileira.

 

Todo o sucesso da editora se deve ao mérito dos editores, que foram (e são) intelectuais atuantes no mercado editorial e que trouxeram para o grande público o acesso ao conhecimento crítico e científico, mesmo em períodos difíceis, de censura e repressão. Fernando e Claudete não esmoreceram em nenhum momento, e hoje podem brindar com alegria cinco décadas de um trabalho árduo e de muitas vitórias editoriais.

 

           Parabéns Alfa-Omega!

Gustavo Orsolon de Souza é Doutorando em História Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FFP). Bolsista FAPERJ. Tem como objeto de pesquisa a editora paulista Alfa-Omega. Está sendo orientado pela professora doutora Márcia de Almeida Gonçalves. Mestre em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Alfa Omega indica: Bienal (virtual) do livro 2020

Nesta semana, entre dia 07/12 e 13/12, os livros da editora Alfa Omega terão 30% de desconto em nossa página da Internet, em função da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, utilizando o cupom #AOnaBienaldolivro2020.

A primeira Bienal Internacional do Livro aconteceu em 1970, no pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, como um pioneiro espaço de divulgação da produção literária.

O mercado editorial mudou muito desde então. O pavilhão ficou pequeno e o encontro foi transferido para espaços cada vez maiores e atingiu um público crescente, ainda que no Brasil se leia pouco. Não é certo que o espírito envolvido nas divulgações de livros da década de 1970 siga existindo na guerra de marketing entre produtos editoriais nos dias de hoje.

Ao mesmo tempo, multiplicam-se as feiras, reflexo da grande diversificação editorial. A Bienal ser virtual, ainda que não tenha sido, aparentemente, um objetivo dos idealizadores, mas uma consequência do contexto, poderia ser uma possibilidade de constituir uma plataforma comum de difusão da produção brasileira, reunindo a diversidade existente.

Ainda que não sejamos clientes da atual Bienal, comprando espaço para expor nossos produtos, a editora Alfa Omega acredita no livro como difusor do pensamento crítico, missão assumida desde a publicação de seu primeiro livro, em 1973.

Alfa Omega indica: festa virtual do livro da USP 2020

A Editora Alfa Omega se soma àquelas que apoiam a Festa do Livro da USP, que acontece de hoje ao próximo dia 15 de novembro em formato virtual.

Presente desde a primeira edição, acreditamos neste canal direto com o público leitor e universitário.

Com o cupom de desconto #AOnaFESTADOLIVRO2020 os livros do catálogo da Editora terão 50% de desconto. Basta inseri-lo no campo “cupom” no seu carrinho de compras do site e o desconto será aplicado imediatamente no valor total de produtos.

É mais um estímulo à leitura e à reflexão, fundamentais para o pensamento crítico, tão necessário nestes tempos de retrocessos políticos, perda de direitos e desorganização dos grupos de resistência.

Entrevista com Carlos Roriz Silva, autor de Tempo de Lutas: contribuição à história da Ação Popular.

Entrevista concedida a Antônio do Amaral Rocha

Alfa Omega: Sr. Roriz, para começar uma pergunta de cunho mais filosófico:  o senhor relata os efeitos danosos das torturas sofridas nas prisões durante a ditadura. Na sua opinião, por que um homem é capaz de torturar outro homem?
Carlos Roriz Silva: O homem leva em si a sede do poder. Esta sede de domínio esteve sempre presente em relação à natureza, para seu sustento, com alimentação, moradia, vestimentas, armas, adornos. Depois evoluiu com a formação da sociedade, se desenvolvendo ou avançando drasticamente com a sociedade de classes, com o avanço da ideologia.
A tortura faz parte dos mal tratos que um indivíduo inflige noutro, tais com xingar ou bater para obter um comportamento ou uma confissão, mas também serve como demonstração de poder, mesmo sem necessidade de algum comportamento ou confissão. Só o ser humano carrega sentimentos como ódio e amor, compaixão ou desprezo, mas todos sentimentos variam de grau com a sede de poder que carrega. E o poder econômico, a necessidade de desigualdade baseia este poder. Até que o homem perceba que quanto mais formos iguais nesta questão, mais seremos ricos e viveremos melhor, com menos conflitos.

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Entrevista com Silvio Luiz de Almeida, autor de Direito no Jovem Lukacs

Alfa Omega: Professor Silvio, por que estudar o Lukács de História e consciência de classe hoje?
Silvio Luiz de Almeida: Porque estudar História e consciência de classe é simplesmente estudar uma das maiores obras da era contemporânea. História e consciência de classe contém em suas páginas conceitos-chave para o desvendamento das relações que constituem a nossa sociedade, e que são encobertas pelas névoas da ideologia dominante.
O livro de Lukács deixou marcas indeléveis na filosofia e nas ciências sociais. Basta lembrarmos que História e consciência de classe é considerada a obra fundamental do “marxismo ocidental” e, portanto, a obra que influenciou todos os pensadores da chamada “Escola de Frankfurt”, dentre os quais cito Adorno, Horkheimer, Benjamin, assim como outros filósofos contemporâneos de grande importância como Agnes Heller, István Mészáros e Lucien Goldmann. Mesmo no Brasil, a influência de História e consciência de classe se faz presente nas relevantes contribuições de Michael Löwy, Leandro Konder, Carlos Nelson Coutinho, José Paulo Netto, Wolfgang Leo Maar, Alfredo Bosi e Marcos Nobre.

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Entrevista com Roberto Robaina, autor de Marx e o núcleo racional da dialética de Hegel

Entrevista concedida a Antônio do Amaral Rocha

Alfa Omega: Defina, em linhas gerais, os pressupostos do livro Marx e o núcleo racional da dialética de Hegel.

Roberto Robaina: O livro trata da relação entre Hegel e Marx. Trabalha cada autor e sua ligação, centrando no tema da contradição. Busco desenvolver como Marx utilizou sua leitura da Lógica de Hegel em sua elaboração de O Capital. Neste sentido estabeleço o paralelo entre as categorias do ser e da mercadoria, mostrando o desenvolvimento destas categorias através do movimento de suas contradições internas. Mostro finalmente que a crise capitalista já pode ser visualizada na própria categoria da mercadoria.

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Far far away, behind the word mountains, far from the countries Vokalia and Consonantia there live the blind texts.