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Editora Alfa Omega

Mercados Soberanos

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Entre todos os fundamentalismos modernos, crenças ideológicas radicais que só concebem o mundo sob uma ótica com exclusão de todas as demais – o neoliberalismo de mercado é o mais perigoso nesse início de novo milênio. O endeusamento da moeda e da economia (visão excludente de qualquer sentido humanista) fez o mundo regredir à barbárie pré-cristã.

Sob o ponto de vista político, a economia de mercado só opera em oposição ao conceito de Estado Nacional, com uma notável exceção: a do único país onde o Estado permanece, onde sempre esteve em poder, prestígio e autoridade – os Estados Unidos da América.

O império dos mercados funciona assim como extensão da soberania da única potência mundial sobrevivente ao fim da Guerra Fria.

Este pequeno trabalho pretende demonstrar a falácia da ideologia mercadista como solução dos grandes problemas de sobrevivência de ¾ da humanidade. Enquanto o senso comum traz a comprovação da necessidade de um espaço público de governo convivendo com a economia de mercado, os radicais do neoliberalismo vociferam que o paraíso estará a mão dos povos que seguirem a cartilha mercadista. O fato de que a realidade insistir em demonstrar a falsidade da promessa, não muda a crença religiosa dos fundamentalistas de mercado. Ao contrário, como todo fanatismo ideológico, o fracasso faz redobrar a aposta, insistir no erro, aprofundar o modelo.

Hoje, 20 anos após a vaga das privatizações e das aberturas de mercados, os povos subdesenvolvidos estão mais pobres do que nunca: em nenhum lugar houve melhoria dos indicadores, em todos os países a renda se concentrou.

O espaço público tanto mais se faz necessário quanto mais carências sociais tem o país. Os mercados jamais promoverão sozinhos a melhor qualidade de vida. O máximo que conseguiram foi a fortificação de pequenas ilhas de prosperidade cercada por muros de exclusão em meio a oceanos de miséria.

Finalmente, este livro expõe a vital ligação entre a cultura e o modelo econômico. A cultura americana e o seu contexto histórico e social são molduras únicas, onde a economia de mercado vicejou pagando por isso um alto preço na negação de todos os demais valores e operando em um vazio humano que desembocou nas drogas e no crime. A tragédia está nos povos que tentam imitar esse ambiente inimitável, esquecendo dos custos terríveis que essa sociedade pagou pelo consumismo como último sentido de vida.

Ao apregoar o arco-íris das reformas neoliberais, os ideólogos do mercado continuam a armar bombas-relogios financeiras que estão levando os mercados inflados pelos seus próprios enganos, a uma explosão purificadora. À riqueza-papel, escondida sob os créditos podres do sistema bancário internacional, somam-se o charlatanismo da nova economia, as megafusões sem sinergia e a concentração de renda no parasitismo dos gestores de fundos. Os planos artificiais de estabilização, montados com reservas alugadas, desabam sobre seus próprios fundamentos deflacionistas. Os países tutelados pelo FMI só podem continuar conectados à globalização sustentando o seu defícit em conta-corrente e com continuadas vendas de patrimônio nacional – até nada mais restar.

Título: Mercados Soberanos – Globalização,Poder e Nação
Autor: André Araújo
Ano: 2001
Edição: 1ª
Páginas: 128
ISBN: 85-295-0021-0

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Descrição

Entre todos os fundamentalismos modernos, crenças ideológicas radicais que só concebem o mundo sob uma ótica com exclusão de todas as demais – o neoliberalismo de mercado é o mais perigoso nesse início de novo milênio. O endeusamento da moeda e da economia (visão excludente de qualquer sentido humanista) fez o mundo regredir à barbárie pré-cristã.

Sob o ponto de vista político, a economia de mercado só opera em oposição ao conceito de Estado Nacional, com uma notável exceção: a do único país onde o Estado permanece, onde sempre esteve em poder, prestígio e autoridade – os Estados Unidos da América.

O império dos mercados funciona assim como extensão da soberania da única potência mundial sobrevivente ao fim da Guerra Fria.

Este pequeno trabalho pretende demonstrar a falácia da ideologia mercadista como solução dos grandes problemas de sobrevivência de ¾ da humanidade. Enquanto o senso comum traz a comprovação da necessidade de um espaço público de governo convivendo com a economia de mercado, os radicais do neoliberalismo vociferam que o paraíso estará a mão dos povos que seguirem a cartilha mercadista. O fato de que a realidade insistir em demonstrar a falsidade da promessa, não muda a crença religiosa dos fundamentalistas de mercado. Ao contrário, como todo fanatismo ideológico, o fracasso faz redobrar a aposta, insistir no erro, aprofundar o modelo.

Hoje, 20 anos após a vaga das privatizações e das aberturas de mercados, os povos subdesenvolvidos estão mais pobres do que nunca: em nenhum lugar houve melhoria dos indicadores, em todos os países a renda se concentrou.

O espaço público tanto mais se faz necessário quanto mais carências sociais tem o país. Os mercados jamais promoverão sozinhos a melhor qualidade de vida. O máximo que conseguiram foi a fortificação de pequenas ilhas de prosperidade cercada por muros de exclusão em meio a oceanos de miséria.

Finalmente, este livro expõe a vital ligação entre a cultura e o modelo econômico. A cultura americana e o seu contexto histórico e social são molduras únicas, onde a economia de mercado vicejou pagando por isso um alto preço na negação de todos os demais valores e operando em um vazio humano que desembocou nas drogas e no crime. A tragédia está nos povos que tentam imitar esse ambiente inimitável, esquecendo dos custos terríveis que essa sociedade pagou pelo consumismo como último sentido de vida.

Ao apregoar o arco-íris das reformas neoliberais, os ideólogos do mercado continuam a armar bombas-relogios financeiras que estão levando os mercados inflados pelos seus próprios enganos, a uma explosão purificadora. À riqueza-papel, escondida sob os créditos podres do sistema bancário internacional, somam-se o charlatanismo da nova economia, as megafusões sem sinergia e a concentração de renda no parasitismo dos gestores de fundos. Os planos artificiais de estabilização, montados com reservas alugadas, desabam sobre seus próprios fundamentos deflacionistas. Os países tutelados pelo FMI só podem continuar conectados à globalização sustentando o seu defícit em conta-corrente e com continuadas vendas de patrimônio nacional – até nada mais restar.

Informação adicional

Peso 0,293 kg
Dimensões 21 × 14 cm

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Far far away, behind the word mountains, far from the countries Vokalia and Consonantia there live the blind texts.