Nas suas quase 5 décadas de existência, e mesmo durante a censura imposta pela ditadura militar, a Editora Alfa Omega sempre se ocupou em publicar livros que contribuíssem para a formação do pensamento crítico brasileiro.
Muitas das suas publicações se tornaram importantes clássicos e que, merecem ser revisitadas pela sua relevância e contribuição, fundamental, na construção de um repertório intelectual nacional.
A História me absolverá
A História me absolverá
Lançado em 1986, o livro trás o discurso de defesa de Fidel ante o tribunal de exceção do governo de Fulgêncio Batista, por ocasião do simulacro de julgamento a que foi submetido pela ditadura cubana por ter comandado o assalto ao Quartel Moncada em 26 de julho de 1953.
Não se trata – o próprio Fidel reconhece – de um texto de literatura revolucionária marxista. É, entretanto, uma vibrante defesa da democracia, uma denúncia contundente da violência policial, da corrupção governamental à lei e à vida humana.
Mataram o Presidente!
De 1978, Mataram o presidente! reúne os depoimentos mais importantes dos homens que provocaram o suicídio de Getúlio Vargas: Carlos Lacerda, Alcino João do Nascimento (acusado de ser o pistoleiro contratado para executar o “crime da Rua Toneleros”) e muitas outras personagens.
Em seu depoimento, Alcino afirma: “Nunca houve plano para matar Lacerda”. Ele passou 22 anos preso e, segundo seu depoimento, o “atentado da Rua Toneleros” não passou de uma hábil manobra política, “fabricada”, possivelmente, fora de nossas fronteiras nacionais.
Mataram o Presidente
História do Proletariado Brasileiro – 1857 a 1967
História do Proletariado Brasileiro – 1857 a 1967
Publicado em 1982, o livro foi composto a partir de documentos até então inéditos para os historiadores, como os arquivos de documentos do PCB e dos “sindicatos progressistas brasileiros”.
Segundo Boris Koval, o trabalho “analisa as etapas fundamentais da luta de classe do proletariado brasileiro, as formas de sua participação no processo revolucionário-libertador em geral e a atividade”, além de estudar o papel do PCB como “vanguarda política revolucionária do proletariado e de todos os trabalhadores”.
A Sangue Quente
O Livro-reportagem, publicado em 1978, ele discorre a respeito dos acontecimentos que conduziram e se seguiram à morte do jornalista Wladimir Herzog nas dependências do DOI-CODI de São Paulo.
Uma verdadeira “contribuição para a memória do nosso tempo”, no dizer do jornalista Mino Carta.
Um trabalho jornalístico objetivo e comovente – considerado uma das grandes obras do jornalismo brasileiro moderno -, primeiramente publicado pela revista alternativa EX e, agora, transformado em livro.